Apresentação
Abrange os principais objetos teóricos da Ciência da Linguagem. Traz para todos os interessados na compreensão da linguagem humana um repertório vastíssimo que vai desde a explicação de como se processa a comunicação humana, do que é Linguística, até chegar a seus cinco principais objetos teóricos (langue, competência, variação, mudança e uso). Obra concebida por algumas das personalidades mais importantes da Linguística no Brasil contemporâneo, sob a coordenação de José Luiz Fiorin, com textos já testados em sala de aula, consegue a proeza de ser ampla sem superficialidade. É de fato um curso completo de Introdução à Linguística agora à disposição de professores e alunos das universidades brasileiras.
Sumário (textos)
Prefácio, por José Luiz Fiorin
“Linguagem, língua, Linguística”, de Margarida Petter.
“A comunicação humana”, de Diana Pessoa de Barros.
“Teoria dos signos”, de José Luiz Fiorin.
“A língua como objeto da Linguística”, de Antônio Vicente Pietroforte.
“A competência lingüística”, por Esmeralda Negrão, Ana Scher, Evani Viotti.
“A variação lingüística”, de Ronald Beline.
“A mudança lingüística”, Paulo Chagas.
“A linguagem em uso”, José Luiz Fiorin.
“A abordagem do texto”, Luiz Tatit
“A aquisição da linguagem”, Raquel Santos.
Sobre o organizador
Sobre os autores
Ana Paula Scher possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1988), mestrado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Realizou estágios pós-doutorais na University of Calgary (2006), na University College London (2011-2012) e na Universidade Estadual de Campinas (2017-2018). É professora da Universidade de São Paulo desde 1998, livre-docente desde novembro de 2018, e bolsista de Pesquisa do CNPq, nível 2 (de 2014 a 2017 e, novamente, a partir de 2018). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Gramática, pesquisando, principalmente, dentro do paradigma da Gramática Gerativa, em particular, da Morfologia Distribuída. Interessa-se pelas interfaces que a morfologia faz com a sintaxe, a fonologia e a semântica. Dentro dessas interfaces, pesquisa os fenômenos relacionados à estrutura argumental e sincretismo, bem como à derivação de nomes deverbais não afixais, particípios inovadores, formas truncadas e adjetivos com uso adverbial, além de questões relacionadas à produção de verbos defectivos e depoentes.
Antônio Vicente Pietroforte é Professor Titular da USP (Universidade de São Paulo) na área de Teoria e Análise Semiótica do Texto. Possui graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (1989), mestrado em Linguística pela Universidade de São Paulo (1997) e doutorado em Linguística pela Universidade de São Paulo (2001). Atualmente é professor da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: semiótica, análise do discurso, literatura e literatura brasileira. Realizou a pesquisa ?O discurso da Poesia Experimental Portuguesa (POEX) / uma abordagem semiótica?,em Portugal, com bolsa na modalidade Estágio Sênior pela Capes no período de setembro a dezembro de 2013.
Esmeralda Vailati Negrão é bacharel em Letras com habilitação em Português, Latim e Lingüística pela Universidade de São Paulo (1975) e licenciada em Letras (Português) também pela Universidade de São Paulo (1974). Tem doutorado em Lingüística concedido pela University of Wisconsin – Madison (1986), Estados Unidos. Fez pós-doutorado na University of California-Los Angeles, Estados Unidos (1995-1997). Atualmente é Professora Titular do Departamento de Lingüística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Teoria e Análise Lingüística, com pesquisas focadas na Interface Sintaxe Semântica, voltadas principalmente para os seguintes temas: teoria gramatical, teoria gerativa, sintaxe do português, anáfora, sintaxe da quantificação e Forma Lógica. Mais recentemente vem se dedicando ao estudo do impacto que o contato com as línguas africanas e com as línguas indígenas teve sobre a sintaxe do português brasileiro.
Evani de Carvalho Viotti tem graduação em Direito pela Universidade de São Paulo (1978), graduação em Linguística pela Universidade de São Paulo (1986), doutorado em Linguística pela Universidade de São Paulo (1999) – feito com bolsa do CNPq – e pós-doutoramento em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2000-2001)- financiado pela FAPESP. Atualmente é professora doutora da Universidade de São Paulo. Em 2015, foi professora convidada do Centro de Estudos Latino-Americanos e do Departamento de Linguística da Universidade de Chicago, para uma residência Tinker durante a primavera. Tem experiência na área de Teoria e Análise Linguística. Seu interesse principal no momento se insere na área de Epistemologia Linguística e tem por foco a investigação de fenômenos que emergem do processo semiótico em interações face-a-face. Em especial, destacam-se as relações entre língua e gesto nas línguas de sinais e nas línguas orais, e as relações sócio-históricas que constituem a ecologia de contacto em que se forma o português brasileiro.
Luiz Augusto de Moraes Tatit é professor Titular do Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Possui graduação em Linguística pela F.F.L.C.H.-U.S.P. (1978) e em Música pela Escola de Comunicações e Artes-U.S.P. (1979). É autor dos livros A Canção: Eficácia e Encanto (Atual, 1986), Semiótica da canção: melodia e letra (Escuta, 1994), O Cancionista: Composição de Canções no Brasil (Edusp, 1996), Musicando a Semiótica: Ensaios (AnnaBlume, 1997), Análise Semiótica Através das Letras (Ateliê Editorial, 2001), O Século da Canção (Ateliê Editorial, 2004), Elos de Melodia e Letra (Ateliê, 2008), este em colaboração com Ivã Carlos Lopes, Semiótica à Luz de Guimarães Rosa (Ateliê, 2010), Todos Entoam: Ensaios, Conversas e Lembranças (Ateliê, 2014), Estimar Canções (Ateliê, 2016) e Passos da Semiótica Tensiva (2019). Tatit é também compositor e, em sua atividade com o grupo RUMO, gravou 6 CDs (relançados em 2004). Em sua carreira-solo, lançou, pelo selo Dabliú, os álbuns Felicidade (1998), O Meio (2000), Ouvidos Uni-vos (2005), Rodopio ? CD e DVD (2007), Sem Destino (2010) e Palavras e Sonhos (2016). Pelo Selo Sesc, o DVD TATIT WISNIK NESTROVSKI: O Fim da Canção (2012) e o álbum Universo, com o grupo Rumo (2019). Pelo selo Atração, o CD De Nada Mais a Algo Além (2014), em colaboração com o compositor Arrigo Barnabé e a cantora Lívia Nestrovski. Tem interesse nas áreas de Linguística, Semiótica e Análise da Canção Brasileira.
Paulo Chagas de Souza é Professor-doutor e vice-coordenador da Pós-Graduação do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo. Sou bacharel e licenciado em Letras (1988), mestre em Lingüística (1994) e doutor em Lingüística (2000), todos na Universidade de São Paulo. Durante o doutorado estudei durante um ano na Stanford University (EUA). Fiz pós-doutorado entre 2008 e 2009 na Universiteit Leiden (Holanda) com financiamento da CAPES. Atuo na área de Lingüística, com ênfase em Teoria e Análise Lingüística. Minha área de concentração principal é a fonologia, na qual tenho pesquisado: a harmonia e a desarmonia vocálica em línguas como o finlandês e o húngaro; o papel da percepção na gramática; a estrutura silábica do português, entre outros temas. Minha pesquisa se baseia numa concepção da fonologia que tem as propriedades fonéticas como fundamentais, numa concepção fortemente funcionalista e inspirada também na linguística cognitiva, com destaque para como nosso corpo e nossa mente influenciam as características dos sistemas linguísticos. Também me dedico à morfologia, onde pesquiso, entre outros temas, os particípios atemáticos do PB, regras de remissão e paradigmas, e a formação de verbos. Entre os temas que têm me interessado nos últimos anos se incluem os sistemas de escrita das mais diversas línguas. Me interesso fortemente pela diversidade linguística e a partir de 2017 todos os meus interesses convergiram na tipologia linguística, que busca verificar em que as línguas diferem, no quanto elas podem diferir, onde os diferentes tipos de línguas se localizam geograficamente e por que elas diferem. Me dedico principalmente ao estudo e pesquisa de línguas da Europa e da Ásia mas recebo orientandos que trabalhem com línguas do mundo todo. Oriento em todos os níveis, da iniciação científica ao doutorado.
Raquel Santana Santos é graduada em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (1993) e em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1993). Com mestrado (1995) e doutorado (2001) em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1995) – com doutorado sanduíche na University of Southern California – e pós-doutorados nos USA, Holanda e Espanha. Atualmente é professora titular (MS6) na Universidade de São Paulo e professora colaboradora da pós-graduação da Universidad Nacional de Comahue. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Fonologia e Psicolinguística (Aquisição da Linguagem), atuando principalmente nos seguintes temas: fonologia, aquisição da linguagem, aquisição fonológica e interface fonologia sintaxe. ORCID: 0000-0002-0277-7994, ResearcherID: J-7601-2012.
Ronald Beline Mendes é bacharel e licenciado em Francês e Português pela Universidade de São Paulo (1996). Obteve seu título de Mestre (1999) e Doutor (2005) pela Universidade Estadual de Campinas. Fez doutorado-sanduíche na New York University (EUA) e na York University (Canadá). Em 2015-2016, desenvolveu pesquisa em estágio de pós-doutorado na Ohio State University (EUA). Atualmente é Professor Associado da Universidade de São Paulo e chefe do Departamento de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. É especialista na área de Sociolinguística e desenvolve pesquisas sobretudo nos seguintes temas: variação, mudança, correlações entre categorias sociais e usos linguísticos. Seu principal projeto de pesquisa em andamento, financiado pelo CNPq (Processo No. 313906/2018-1) focaliza os significados sociais da variação linguística, por meio de experimentos de percepção sociolinguística e de análises da combinação de variantes de múltiplas variáveis na construção de estilos.
There are no reviews yet.